O crescimento saudável de uma criança depende principalmente de uma alimentação adequada. De acordo com a Organização Mundial da Saúde nos primeiros 6 meses de vida a alimentação ideal para um bebê é o aleitamento materno exclusivo, ou seja, somente o leite materno. O leite materno contém inúmeras substâncias essenciais para o sistema imune do bebê. Contém proteínas, carboidratos, vitaminas, minerais, ácidos graxos essenciais e imunoglobulinas. Essas substâncias são fundamentais para proteger o bebê contra patógenos, Estudos demonstram que principalmente na primeira hora de vida o aleitamento é importantíssimo para reduzir a mortalidade neonatal. O leite materno é rico em colesterol, nutriente essencial para o recém nascido já que é indispensável para o desenvolvimento do sistema nervoso. Além disso, a quantidade de gordura aumentada é essencial para o ganho ponderal desses bebês, principalmente nos primeiros 4 meses de vida.
Estudos demonstram que adultos que foram amamentados quando bebês tem menos risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes, disfunções neurológicas e câncer. A incidência de diarreias aumenta a partir do final do primeiro ano de idade e bebês que foram alimentados exclusivamente com o leite materno têm uma menor incidência dessa condição. Investigadores da Brown University (EUA) mostraram que o leite materno é capaz de incrementar em até 30% o desenvolvimento cerebral dos bebês que são alimentados exclusivamente com o leite materno pelo menos por 3 meses, comparados aos que só tomam fórmulas de leite ou combinações de fórmulas com leite materno.
A duração do período de amamentação parece ter, também, uma importância no desenvolvimento cerebral: os bebês que foram alimentados com o leite materno ao longo de mais de um amo revelaram um cérebro mais evoluído do que os amamentados por um período inferior, em particular nas áreas associadas à função motora.
Estudo deste ano publicado na JAMA Pedriatrics com 1312 gestantes realizou testes cognitivos nas crianças quando tinham de 3 a 7 anos de idade. De acordo com o estudo, as crianças que foram amamentadas durante mais tempo obtiveram as maiores pontuações em um teste de de inteligência verbal e não verbal aos sete anos. A pesquisa mostrou que cada mês a mais a amamentação aumentou progressivamente a pontuação das crianças nesses testes. Muitas mulheres não amamentam, pois tem medo dos seios "caírem". Pesquisas mostram que essa condição na maioria das vezes não acontece, o que ocorre é uma maior insegurança da mãe das mudanças corporais que ocorrem durante a gestação. Por aumentar o gasto calórico muitas vezes alguns nutrientes, como as proteínas, são utilizados como fonte de energia podendo levar a uma flacidez, mas nada que uma dieta equilibrada e a prática de atividade física não resolvam.